Visualizar o Objectivo



Sempre ouvi dizer (e uma colega de trabalho não se cansa de repetir) que se visualizarmos o que queremos, chegamos lá.


Lamentavelmente tenho a informar que isso é uma termenda e desavergonhada mentira. Pois eu tenho na casa de banho uma foto minha de há 6 anos atrás, quando pesava 62 kgs, que usei como incentivo à minha última dieta, e nada! Não há maneira de lá chegar.

Visualizar... Cá para mim, isso são conselhos de quem só queria perder meia dúzia de quilitos, ou assim... coisa pouca e não muito difícil.

No meu caso, a visualização daquela foto apenas me faz verificar que sou um fracasso ambulante e que, na melhor das hipóteses, talvez volte a pintar o cabelo daquela cor .

Também um colega blogger escrevia assim:

" ...como homem vou buscar inspiração a outras coisas, mas as senhoras poderão ver aquelas séries estilo marés vivas e querer ficar assim, mas sem o silicone (digo eu!)"


Sim, sonhar em ser como a Pamela ainda me faz ficar mais feliz! E não preciso do silicone, infelizmente estou mais que bem provida - isso é outro assunto: porque é que a partir do 38D só fazem sutiãs feios, tipo os que se vendem nas feiras? Grrrr...

O pior de tudo, e há quem talvez discorde, é que quando nos olhamos ao espelho vemos uma coisa, mas as outras pessoas vêm outra. Tal e qual como as anoréticas, mas ao contrário: elas vêm-se gordas, nós vemo-nos magras (mais ou menos).
A última vez que vi uma foto minha fiquei positivamente horrorizada! "Mas eu estou assim tão gorda? Sabia que estava gorducha, mas assim...Incrível!"
Deu-me vontade de chorar. E realmente senti-me o que sou: uma pessoa obesa. Sim, com um Índica de Massa Corporal de 33, estou no escalão da obesidade de tipo 1. E decidi-me a fazer alguma coisa.
Resumindo, talvez a visualização seja um incentivo, sim, mas não com recurso ao imaginário. Mais vale olhar para o que somos agora, e vermos que realmente temos mesmo que mudar.

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